Diversão e aprendizagem: o poder do exemplo

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Heloiza Lopes de Oliveira

“Assim como são ricas as nuances de significado trazidas pelos sinais de pontuação, também são ricas as maneiras de falar sobre eles – vários universos são expostos quando saímos do certo versus o errado!”

Renato Miguel Basso

O livro Onze sinais em jogo, de Lou-Ann Kleppa, apresenta uma maneira diferente de entender e aprender a pontuar. Ela demonstra a aplicação dos 11 sinais que considera serem os mais usados no português brasileiro: alínea (espaço que antecede o parágrafo), ponto-final (.), ponto e vírgula (;), vírgula (,), dois-pontos (:), parênteses (), interrogação (?), exclamação (!), reticências (…), aspas (“”) e travessão (–).  Além deles, não deixa de mencionar o asterisco (*) e outros recursos disponíveis para a produção de texto como o negrito, o itálico e o sublinhado.

A obra conta com um capítulo dedicado a cada sinal de pontuação, em que eles são os personagens de seu próprio enredo, seja pela frequência com que são mencionados no texto ou pela narração de uma história que busca explicar suas funções. Renato Miguel Basso, autor do prefácio, explica que o livro tem a intenção de evitar regras frias e meramente gramaticais, pois o que o leitor encontrará é “como a vírgula se diz inocente, diante do delegado que a acusa de assassinar pessoas ao deixá-las sem fôlego”.

Motivada pela sugestão de uma atividade oferecida aos seus alunos da disciplina de Língua Portuguesa, na qual cada um deles seria responsável por trazer exemplos dos usos de um sinal de pontuação específico, a autora decidiu escrever esse livro, que, segundo ela, passa “longe da prescrição e da norma, trilha mais perto do exemplo, da brincadeira educativa”. Esse exercício é um bom exemplo de como a obra pode ser aplicada de forma eficiente em sala de aula para estimular o ensino.

Para isso, o livro conta com diagramação e edição diferentes do comum, tendo no capítulo dedicado aos dois pontos (:), por exemplo, a aparição frequente deste sinal em seus mais variados usos: para esclarecer ou, ainda, fazer uma síntese do que acabou de ser dito. Ocorre o mesmo com os parênteses (), que ganham vida dentro da narração de um fato interessante sobre a edição de O processo, de Franz Kafka. Quando a autora explica a importância do espaço em branco entre as palavras, a fim de introduzir a função da alínea, o apoio do projeto gráfico artístico é essencial, pois é por meio dele que o exemplo de Kleppa se torna mais evidente. Basso ressalta:

“Os recursos gráficos e narrativos, as brincadeiras e a estrutura do livro tornam a leitura tão agradável que, muitas vezes, somente algum tempo depois de lermos um dado trecho nos damos conta da profundidade deles e do quanto aprendemos. Não é nada fácil fazer isso, e este livro o faz com maestria!”

Kleppa apresenta uma nova forma de relação com a linguagem, na qual é possível aprender por meio do exemplo, sem explicações enfadonhas ou discussões pontuadas por regras. Dessa maneira, ela faz uso do que há de mais prático no ensino da pontuação. Além disso, por conta de uma narrativa coesa e diversificada, em que cada capítulo tem seu próprio enredo, o livro possibilita uma grande absorção de conteúdo enquanto o leitor se diverte. Assim, devido ao seu teor didático, a obra Onze sinais em jogo é um trabalho que pode ser usado em diferentes fases do estudo, seja no ensino médio ou, inclusive, nos primeiros anos da graduação, de forma a acrescentar muito àqueles interessados em desenvolver a escrita.

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Capa_Onze sinais.inddTítulo: Onze sinais em jogo

Autora: Lou-Ann Kleppa

ISBN: 978-85-268-1505-6

Edição:

Ano: 2019

Páginas: 88

Dimensões: 10,5 x 18 cm

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