Mais de 15 livros sobre história da arte que são excelentes opções de leitura

Por Maria Vitória Gomes Cardoso

A arte está relacionada às primeiras formas de expressão humana e manifestou-se de diversas formas ao longo do tempo, a depender do contexto histórico e cultural que estava inserida. Inicialmente a arte emergiu a partir das pinturas rupestres e esculturas da Pré-História, que serviam como uma ferramenta de comunicação e informação, em que se observava a busca do homem pré-histórico por representar seu cotidiano, suas crenças e sua relação com a natureza. Logo depois, na Antiguidade, principalmente no Egito, a arte estava ligada, por exemplo, à religião e à representação dos faraós, que eram eternizados através de pirâmides e esculturas. Na Idade Média, a arte foi fortemente marcada pela influência da Igreja católica, através dos vitrais das igrejas que representavam histórias bíblicas. No período renascentista, tivemos grandes artistas, como Leonardo da Vinci, Michelangelo e Donatello, quando a arte foi marcada pela retomada de elementos da Antiguidade Clássica. Desde então, vários movimentos artísticos vêm surgindo em diferentes lugares do mundo, como o Barroco, o Rococó, o Neoclassicismo, o Realismo, o Impressionismo, entre outros, até a Arte Contemporânea. 

No Brasil, a história da arte foi marcada por uma diversidade cultural influenciada pela colonização portuguesa, pela presença dos povos originários e pela contribuição africana. Ainda, há no país um legado artístico e cultural enorme com grandes artistas, como Tarsila do Amaral, Antônio Francisco Lisboa, mais conhecido como Aleijadinho, Artur Timóteo da Costa, Lygia Clark, Anita Malfatti, Candido Portinari, entre muitos outros, que são importantes até hoje para a história da arte brasileira. Na Pinacoteca de São Paulo, por exemplo, está ocorrendo a exposição Lygia Clark: Projeto para um Planeta desde março de 2024, que ficará em amostra até o dia 4 de agosto do mesmo ano, reunindo mais de 150 obras da artista. Tal exposição representa a importância de uma das artistas brasileiras mais relevantes do século XX. 

Apesar do rico legado das artes plásticas no Brasil, seu acesso ainda é limitado para grande parte da população. De acordo com uma pesquisa realizada pelo Nexo Jornal em fevereiro de 2024, entre as atividades culturais realizadas pelos brasileiros em 2023, exposições, aulas e/ou oficinas de arte, visitas a museus e exposições guiadas apresentaram porcentagens significativamente menores em comparação a outras atividades, como ouvir música e podcasts, assistir a séries e filmes e ler livros. Isso ocorre por diversos fatores, sendo o principal a enorme desigualdade social do país. Essa desigualdade limita o acesso da população às exposições de arte, pois, além de muitos ingressos terem preços inacessíveis, os museus geralmente estão localizados em áreas centrais, habitadas por pessoas com maior poder aquisitivo, o que dificulta ainda mais o acesso dos que moram nas periferias. 

Pensando na importância da arte para a sociedade ao longo do tempo e na necessidade de difundir as produções artísticas nacionais e internacionais, a Editora da Unicamp decidiu recomendar mais de 15 livros sobre história da arte que são excelentes opções de leitura e estão disponíveis em seu catálogo. Conheça-os!

Coleção Palavra da Arte

A coleção Palavra da Arte traz em seus livros estudos em história da arte, das retóricas e das poéticas, com reflexões contemporâneas sobre tradição clássica, entendida como o processo histórico pelo qual a história das formas constitui sua própria memória, transmitindo e transformando os modelos antigos.

  1. Diário da viagem do Cavaliere Bernini à França

O Diário da viagem do Cavaliere Bernini à França representa um raro documento a respeito das práticas e teorias artísticas adotadas por Bernini, da arte produzida na Itália e na França e da vida na corte do Rei Sol. A obra foi publicada em 1885 e, até 2023, não tinha sido traduzida para o português, mas isso mudou com a publicação da tradução de Alexandre Ragazzi pela Editora Unicamp.

Paul Fréart de Chantelou, autor do livro, foi um colecionador e protetor das artes, conhecido por ter incentivado os trabalhos de grandes artistas como Nicolas Poussin. Em 1665, trabalhou ao lado de Bernini como seu intérprete na capital francesa.

Essa edição traduzida é de grande importância para os leitores brasileiros, pois permite que o público acesse os valores artísticos de uma Europa tão distante no tempo e no espaço. A obra conta ainda com uma extensa gama de textos introdutórios, notas de rodapé informativas acerca de figuras históricas e esclarecimentos sobre algumas obras mencionadas pelo autor. Uma contextualização que é agregada à experiência de leitura.

  1. Vida de Michelangelo Buonarroti

A biografia de Michelangelo Buonarroti, um dos principais nomes que nos vêm à mente quando pensamos na arte renascentista, foi escrita por Giorgio Vasari em 1550 e novamente em 1568. Trata-se de um documento histórico primordial em que se baseia o essencial de nosso conhecimento sobre a vida e a obra do grande artista. 

O escritor, pintor e arquiteto Giorgio Vasari foi amigo fiel do artista, conhecendo-o quando ingressou como aluno em seu ateliê. Vasari publicou a primeira edição da biografia quando Michelangelo ainda estava vivo. Em diversos momentos do livro, ele posiciona Michelangelo fora daquela época, consciente de que o amigo estava à frente de toda recepção à arte daquele período. 

A edição publicada pela Editora da Unicamp em 2011 conta com a tradução de Luiz Marques, professor livre-docente do Departamento de História, da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp). Reconhecido como um grande especialista na arte italiana dos séculos XV e XVI, ele é ex-curador-chefe do Museu de Arte de São Paulo, sendo o responsável por organizar grandes exposições que destacaram a arte italiana. 

Além da tradução da obra Vida de Michelangelo Buonarroti e da organização de A fábrica do Antigo, Luiz Marques também escreveu o livro Capitalismo e colapso ambiental, publicado pela Editora da Unicamp em 2018.

  1. Cartas escolhidas

O livro Cartas escolhidas, de Michelangelo Buonarroti, editado pela Editora da Unicamp em 2009, oferece ao leitor uma excelente tradução, realizada diretamente do original italiano, de uma seleção de cartas escritas pelo escultor, pintor, arquiteto e poeta entre 1496 e 1563. 

O Prefácio, a seleção, a tradução e as notas são assinados por Maria Berbara, mestre em História da Arte pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e doutora em História da Arte pela Universidade de Hamburgo (Alemanha). Berbara é autora de diversos estudos no âmbito do Renascimento italiano e ibérico e dos intercâmbios artístico-culturais europeus nos séculos XV, XVI e XVII. Além de Cartas escolhidas, também foi uma das organizadoras da obra França Antártica – Ensaios interdisciplinares, publicada pela Editora da Unicamp. 

O trabalho dela é de grande preciosidade para o público brasileiro e para os aficionados na história da arte e na vida de um grande artista como Michelangelo, pois, além de traduzir e fazer anotações a 72 cartas, a tradutora também escreve notas biográficas antes de cada fase da vida de Michelangelo em que as cartas estão dispostas. Trata-se, portanto, de um material de extrema importância não só aos estudiosos de Michelangelo, mas também a todos aqueles que se interessam pelo Renascimento italiano sob seus mais variados aspectos.

  1. A fábrica do Antigo

Organizado por Luiz Marques, A fábrica do Antigo foi publicado em 2008 pela Editora da Unicamp e reúne 18 ensaios de historiadores diversos, que lançam luz sobre alguns aspectos da Antiguidade, empresa seletiva, conflituosa e reflexiva de fabricação de um horizonte, sempre em movimento, de referências modelares para a literatura e a arte. Os artistas e os processos históricos abordados neste livro, como Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, a Reforma Católica, os Jesuítas, o teatro francês do século XVII e a oratória brasileira do século XVIII, não seriam inteligíveis se desligados de suas referências à Antiguidade, a partir da qual se movem. 

Assim, trata-se de um livro que mostra a constituição da história da arte e das letras como um tenso diálogo entre passado e presente, viabilizado a partir desse tecido de referências da tradição clássica; portanto, é um excelente material para todos os estudiosos e entusiastas dessa tradição.

  1. A presença do Antigo

Publicado em 2019 pela Editora da Unicamp, A presença do Antigo é um volume com escritos inéditos em língua portuguesa do historiador de arte Aby Warburg. Traduzido do alemão por Cássio Fernandes, pesquisador da obra de Warburg e professor do Programa de Pós-Graduação em História da Arte da Universidade Federal de São Paulo, o livro reúne textos que se inserem no campo de estudos do Renascimento e refletem, em grande parte, sobre a influência da Antiguidade na arte renascentista italiana. Com esse livro, todos os estudiosos de Warburg poderão ter acesso a uma parte pouco conhecida da produção dele e compreenderão melhor seu percurso intelectual. 

  1. Do tirar pelo natural

Do tirar pelo natural é um texto escrito pelo artista e humanista português Francisco de Holanda, finalizado em 1549. Trata-se, segundo diversos historiadores da arte, da primeira fonte textual a lidar exclusivamente com o retrato como gênero artístico. 

Publicado em 2013 pela Editora da Unicamp, essa edição configura-se como a primeira no Brasil de um dos textos desse importante humanista, contribuindo para a compreensão da reflexão artística em Portugal, durante o Renascimento. 

Francisco de Holanda nasceu em 1517, em Lisboa, Portugal. Integrante da corte de D. João III, viajou à Itália entre 1538 e 1540, a fim de estudar a produção artística da Antiguidade e do Renascimento. Artista visual e humanista, produziu obras de tratadística, pinturas e iluminuras no decorrer de sua vida. Faleceu em 1584.

  1. Cartas sobre arquitetura

Publicado em 2010 pela Editora da Unicamp e traduzido por Luciano Migliaccio, Cartas sobre arquitetura apresenta, pela primeira vez em tradução portuguesa, dois textos de Rafael, mestre da pintura e da arquitetura da escola de Florença durante o Renascimento italiano, que são de grande relevância para compreender o debate sobre a interpretação da arquitetura antiga no Renascimento e a difusão internacional dos modelos italianos. Eles são também um documento importante para a história da posição social dos artistas na Europa moderna e para a história da política do papado. Ao mesmo tempo, representam um marco para os modernos métodos de projeto e de levantamento arquitetônico. 

  1. Novela do Grasso entalhador

Novela do Grasso entalhador foi publicado pela Editora da Unicamp em 2013, com Introdução, tradução e notas de Patrícia D. Meneses, grande historiadora da arte brasileira. 

Os dois textos, escrito por Antonio Manetti, têm o arquiteto Filippo Brunelleschi (1377-1446) como protagonista e são de grande importância para o estudo do desenvolvimento da historiografia artística a partir do Renascimento. Juntos, eles criaram um modelo literário fundamental para as gerações seguintes. A edição oferece um amplo aparato crítico com um estudo sobre aspectos históricos e filológicos dos textos e comentários aprofundados ao longo do livro.

Antonio di Tuccio Manetti (1423-1497) foi um copista e estudioso florentino, que se interessava muito pela obra de Dante e por estudos matemáticos. Ocupou vários cargos na administração pública de Florença, bem como esteve em estreito contato com os círculos humanistas do século XV. Teve, na sua época, fama de grande conhecedor de arquitetura e tornou-se célebre principalmente pela biografia de Filippo Brunelleschi.

Outros títulos publicados pela Editora da Unicamp

  1. O olhar ecológico

O olhar ecológico: a construção de uma história da arte ecocrítica, escrita por Andrew Patrizio e publicada pela Editora da Unicamp em 2023, é uma obra que expõe ao leitor uma história da arte ecocrítica, que pode incentivar novas políticas e práticas no âmbito cultural e ecológico, a fim de chamar a atenção do público leitor para as mudanças climáticas que vêm ocorrendo mundialmente. 

O autor é professor de História da Arte na Universidade de Edimburgo, Escócia, e integra o conselho da Scottish Contemporary Art Network (Scan). Seu livro, originalmente publicado em 2018 e nomeado The ecological eye: assembling an ecocritical art history, foi traduzido por Bhuvi Libanio, tradutora de outras obras publicadas pela Editora da Unicamp em 2023, sendo elas Amazon: trabalhadores e robôs e Religião automática: agentes quase humanos no Brasil e na França. 

O livro em destaque é um material muito importante não só para os historiadores e estudiosos da arte, mas para todos aqueles que buscam contribuir para um futuro mais esperançoso.

  1. A luta da África por sua arte

A luta da África por sua arte, escrito por Bénédicte Savoy, com tradução de Felipe Vale da Silva, foi publicado pela Editora da Unicamp em 2022 e faz parte da coleção Espaços da Memória, que comporta obras que divulgam e aprofundam os estudos do campo de pesquisa da memória. Nesse livro, a autora comprova que a demanda da África de ter sua arte devolvida pelos europeus é antiga e traz um panorama histórico sobre essa luta dos países africanos. 

É um livro de extrema importância e interesse para um público amplo, desde historiadores até pessoas de fora do mundo acadêmico, pois traz um panorama histórico sobre uma questão que está sendo apresentada como nova pela Europa, enquanto a África luta por sua arte há décadas.

Bénédicte Savoy é professora de História da Arte na Universidade Técnica de Berlim. Como especialista no estudo da proveniência de obras de arte (incluindo roubos de obras de arte e a arte saqueada), em 2018, com Felwine Sarr, produziu, a convite da Presidência da República Francesa, um relatório que teve grande impacto sobre a restituição do patrimônio cultural africano. 

11. Alberto da Veiga Guignard

Esse livro, escrito por Taisa Palhares e publicado em 2022 pela Editora da Unicamp, pretende investigar as origens da produção artística de Guignard, desde sua formação europeia até o diálogo que estabelece com o meio artístico brasileiro a partir do final dos anos 1920, a fim de ampliar a compreensão do sentido moderno de sua obra. 

Alberto da Veiga Guignard (1896-1962) é reconhecido como um dos mais importantes artistas modernos em atuação no Brasil, na primeira metade do século XX. Sua produção destaca-se principalmente pelas paisagens montanhosas de tom lírico que aludem às festas juninas e que, no geral, foram interpretadas pela crítica de arte como índice de uma visão pura e ingênua sobre o país. 

Taisa Palhares é doutora em Filosofia pela Universidade de São Paulo (USP) e atua como docente de Estética no Departamento de Filosofia da Universidade Estadual de Campinas (IFCH-Unicamp). Foi pesquisadora e curadora na Pinacoteca do Estado, em São Paulo (2005-2015), e é crítica de arte desde 2000. 

12. Pietro Maria Bardi

Publicado em 2019 pela Editora da Unicamp, esse livro reúne trabalhos de pesquisadores brasileiros e italianos a respeito de Pietro Maria Bardi, jornalista, historiador, crítico, colecionador, expositor e negociador de obras de arte. O livro explora diferentes níveis da vida de Bardi, suas relações com os artistas e outras figuras importantes da época. Os capítulos analisam o pensamento insigne de Bardi ao conceber o Masp, um museu com porosidade e acessível a todos, e exploram o contexto, o impacto e a importância de sua fundação, de seu desenvolvimento e de seu lugar na arte e na cultura brasileiras. 

Nelson Aguilar, organizador do livro, é curador e crítico de arte. Como professor, leciona História da Arte no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp. Foi curador-geral de diversos eventos, entre os quais a 22ª e a 23ª Bienais de São Paulo (1994 e 1996), a Mostra do Redescobrimento (2000) e a 4ª Bienal do Mercosul (2003).

13. Paisagem e academia 

Paisagem e academia – Félix-Émile Taunay e o Brasil (1824-1851) foi publicada pela Editora da Unicamp em 2009 e é uma obra que aborda aspectos importantes da vida de Félix-Émile Taunay (1795-1881), 2º Barão de Taunay, pintor francês, professor e diretor da Academia Imperial de Belas Artes do Brasil. Como pintor deixou um importante legado na pintura de paisagem, sendo um dos fundadores do gênero no Brasil. 

Elaine Dias, autora do livro, é doutora em História pela Unicamp e pós-doutora pela FAU-USP, tendo-se especializado no Institut National d’Histoire de l’Art de Paris, como bolsista Getty. Foi curadora assistente de Nicolas-Antoine Taunay no Brasil: uma leitura dos trópicos (MNBA e Pinacoteca do Estado de São Paulo) em 2008 e é coautora do catálogo dessa mostra.

14. Da pintura

Da pintura, de Leon Battista Alberti, é a primeira obra na literatura artística a considerar a pintura um objeto de teoria e de uma doutrina sistematizadora. Leon Battista Alberti nasceu em 1404, em Gênova. Ao estilo do ideal renascentista, foi filósofo da arquitetura e do urbanismo, pintor, músico e escultor, além de crítico de arte. Morreu em 1472, em Roma. O artista trabalhou lado a lado dos mais importantes artífices do Renascimento florentino: Donatello, Masaccio, Brunelleschi. Nessa obra, quis divulgar os fundamentos teóricos daquela grande revolução artística, fazendo com que ela ultrapassasse os limites de Florença e, ao mesmo tempo, tornando mais sólidas suas bases, transformando a experiência em sistema. 

Trata-se de uma obra indispensável para os apaixonados e estudiosos da arte e do período renascentista. A publicação dessa edição pela Editora da Unicamp ocorreu em 2014 e a tradução foi feita por Antonio da Silveira Mendonça, professor convidado da Universidade de São Paulo (USP).

15. Ensaios sobre a pintura

Ensaios sobre a pintura, publicado em 2013 pela Editora da Unicamp, é um trabalho de sensibilidade e refinamento crítico; leitura indispensável para os artistas, os estudantes e os amantes da arte. 

Denis Diderot (1713-1784) foi filósofo e escritor francês, sua obra-prima é a edição da Encyclopédie (1750-1772) composta por 28 volumes. É considerado por muitos um precursor da filosofia anarquista e um dos autores mais representativos de sua época. 

A tradução, a Apresentação e as notas dessa edição foram assinadas por Enid Abreu, professor e pesquisador com especialização em Linguística Geral.

16. Inferno e Paradiso 

Esse livro, publicado pela Editora da Unicamp em 2014, aborda representações do Juízo Final em pinturas executadas na Toscana, entre os séculos XIII e XV. O Julgamento Final é uma parte essencial de uma das questões mais fundamentais do Cristianismo: o destino do homem após a morte e após o fim do mundo. O livro preenche uma lacuna na imensa gama de estudos sobre a arte toscana dos séculos XIII, XIV e XV, período fundamental para a arte italiana como um todo, uma vez que seus reflexos nas produções artísticas posteriores foram duradouros. 

A autora do livro, Tamara Quírico, é formada em Pintura pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Possui mestrado em História da Arte pela Unicamp e doutorado em História Social pela UFRJ, com estágio doutoral na Università degli Studi di Pisa. Atuou como historiadora da arte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), trabalhando especialmente na preservação e no inventário de bens móveis e integrados no território nacional.

17. Imagens de canibais e selvagens do Novo Mundo

Imagens de canibais e selvagens do Novo Mundo, livro publicado em 2017 pela Editora da Unicamp e traduzido por Marcia Aguiar Coelho, dialoga com a antropologia e analisa as mudanças ocorridas nas convenções ao longo dos séculos XVI e XVII sobre o assunto, integrando textos e imagens em um estudo singular sobre a prática dos povos que compunham a Terra dos Canibais. 

É um livro essencial para o leitor interessado nas questões sobre comportamento humano, já que ele permite a análise de diferentes posicionamentos a partir de diversas fontes, como pinturas, desenhos, gravuras e textos. O corpus desse livro dá-se por meio dos relatos de casos de canibalismo na América e na África que fazem parte do acervo estudado pelo historiador colombiano Yobenj Aucardo Chicangana-Bayona, autor do livro.

Chicangana-Bayona é historiador formado pela Pontifícia Universidade Javeriana (Colômbia), mestre e doutor em História pela Universidade Federal Fluminense (UFF) e, ainda, cineasta pela Universidade Estácio de Sá. Suas áreas de interesse são a história ibero-americana dos séculos XVI e XVII, a história colonial da Colômbia, a história da arte e os recursos visuais.

________________________

Os livros mencionados são ótimos materiais para todos aqueles que estudam História da Arte ou mesmo para aqueles que são entusiastas da área e querem entender um pouco mais sobre essa área tão fundamental.

A Editora da Unicamp conta com um vasto catálogo de livros acadêmicos de diversas áreas, e a de Artes é uma das mais amplas, diversas e interessantes. Acesse o site da Editora da Unicamp e conheça o catálogo.

Deixe um comentário